Certos jogadores tornam-se indispensáveis na manobra das suas equipas.
Até se costuma dizer: “X vale por dois”, ou “Y é dois em um”, tal a influência desse jogador.
Mas também pode acontecer o inverso, isto é, quando dois jogadores distintos afinal são apenas um só.
Impossível? Não creiam. Acontece com maior regularidade do que seria esperado.
Os “Cadernos d’A Bola”, verdadeiros Almanaques Borda d’ Água para o aficionado do futebol, são pródigos em desmascarar a dupla personalidade que aflige determinadas figuras da nossa praça.
Tomai como primeiro exemplo este simpático vareiro.
Até se costuma dizer: “X vale por dois”, ou “Y é dois em um”, tal a influência desse jogador.
Mas também pode acontecer o inverso, isto é, quando dois jogadores distintos afinal são apenas um só.
Impossível? Não creiam. Acontece com maior regularidade do que seria esperado.
Os “Cadernos d’A Bola”, verdadeiros Almanaques Borda d’ Água para o aficionado do futebol, são pródigos em desmascarar a dupla personalidade que aflige determinadas figuras da nossa praça.
Tomai como primeiro exemplo este simpático vareiro.
Carlos Miguel era um rapazinho tímido, incapaz de olhar o mundo de frente. Médio mediano, labutava sem esperança pela intermediária. Até que um dia bateu com a cabeça numa tabela de basquetebol e se transfigurou. Já não era o inócuo Carlos Miguel, mas sim Nenad, venenoso atacante sérvio. Carlos Miguel acariciava o fundo das listas de convocados enquanto Nenad fazia mossa nas defesas contrárias.
Um dia, o treinador teve a ideia de escalar os dois para o mesmo onze. Resultado: Carlos Miguel jogou mais à frente do que estava habituado, Nenad esteve muito apagado a executar tarefas mais defensivas, a equipa jogava literalmente com menos um, a Ovarense acabou por perder copiosamente – e, para cúmulo, Nenad viu um amarelo, mas foi Carlos Miguel que recebeu a ordem de expulsão pelo seu primeiro cartão amarelo. Confusos? Sim, é natural, desde aquela fatídica tabela de basket que o Dr. Jekyll e o Mr. Hyde de Ovar nunca mais foi compreendido.
Eis mais dois Miguéis que afinal são só um. Miguel ou João Miguel?, era a pergunta que ecoava nas cabeças aturdidas dos adeptos da Mata Real em 1995, com aquele jogador que parecia saído de um argumento de David Lynch. Quando se sentia confiante, abraçava o nome de João Miguel e ia para o relvado de melenas ao vento e ostentando um certo ar de desdém pelo mundo; mas quando se sentia numa onda minimalista, e também para fugir aos impostos, era tão só Miguel e ia para o relvado de melenas ao vento e sempre com aquela aparência sobranceira que só Miguel, Miguel apenas ou João Miguel, sabia apresentar.
É claro que a situação de Miguel/ João Miguel levantou desconfianças no seio do plantel.
Monteiro, por exemplo, era incapaz de encarar João Miguel cara-a-cara. Sorria com desprezo da sua irritante insolência. “Esse gajo? Pfui, não lhe passo cavaco. Comigo, não há pão para malucos!”. Já em relação a Miguel, Monteiro era mais condescendente e consta que até houve uma vez em que lhe partiu uma caneleira e lhe pediu desculpas. Mas acabou por pedir desculpas ao João Miguel e, por via das dúvidas, deixou de pedir desculpas sempre que partia caneleiras a ambos.
Um dia, o treinador teve a ideia de escalar os dois para o mesmo onze. Resultado: Carlos Miguel jogou mais à frente do que estava habituado, Nenad esteve muito apagado a executar tarefas mais defensivas, a equipa jogava literalmente com menos um, a Ovarense acabou por perder copiosamente – e, para cúmulo, Nenad viu um amarelo, mas foi Carlos Miguel que recebeu a ordem de expulsão pelo seu primeiro cartão amarelo. Confusos? Sim, é natural, desde aquela fatídica tabela de basket que o Dr. Jekyll e o Mr. Hyde de Ovar nunca mais foi compreendido.
Eis mais dois Miguéis que afinal são só um. Miguel ou João Miguel?, era a pergunta que ecoava nas cabeças aturdidas dos adeptos da Mata Real em 1995, com aquele jogador que parecia saído de um argumento de David Lynch. Quando se sentia confiante, abraçava o nome de João Miguel e ia para o relvado de melenas ao vento e ostentando um certo ar de desdém pelo mundo; mas quando se sentia numa onda minimalista, e também para fugir aos impostos, era tão só Miguel e ia para o relvado de melenas ao vento e sempre com aquela aparência sobranceira que só Miguel, Miguel apenas ou João Miguel, sabia apresentar.
É claro que a situação de Miguel/ João Miguel levantou desconfianças no seio do plantel.
Monteiro, por exemplo, era incapaz de encarar João Miguel cara-a-cara. Sorria com desprezo da sua irritante insolência. “Esse gajo? Pfui, não lhe passo cavaco. Comigo, não há pão para malucos!”. Já em relação a Miguel, Monteiro era mais condescendente e consta que até houve uma vez em que lhe partiu uma caneleira e lhe pediu desculpas. Mas acabou por pedir desculpas ao João Miguel e, por via das dúvidas, deixou de pedir desculpas sempre que partia caneleiras a ambos.
Já Yulian não era capaz de esconder o seu espanto. “Hã? Como ser? Miguel ser João Miguel? Quê?”. A dúvida que assolava o quotidiano de Yulian é bem visível nesta foto. Há quem diga que este esgar foi causado pelo sol, há quem aponte para uma certa atrofia facial de contornos níticos, mas nós sabemos que o problema não era meramente conjuntural. Não. A culpa era do Miguel/ João Miguel, esse jogador fraudulento, o semeador da confusão, desmistificado pelos “Cadernos d’ A Bola”.
9 comentários:
Acalmem-se corações carentes de felicidade!!
PEDRO ESTRELA volta ao mundo da bola, pela porta do grande MONCARAPACHENSE!!
Pedro, a "Estrela" maior do Belém e Braga vai pontificar neste grandioso clube algarvio, ostentanto um magnífico peso corporal de 85kg, com uma camada adiposa sobreposta de mais 50kg.
Estou feliz. Nem o Mangonga me faria sentir assim......
Ah, e antes que me esqueça, devo dizer que o MONCARAPACHENSE também tentou contratar o Bynia, mas este, entre uma dentada e outra numa paragem de autocarro, declinou o convite, dizendo "AAHAARRRKKPPPP" que em Byniês (lingua oficial do Bynia) significa: vão para a p**# que vos pariu, quero acabar de almoçar em paz...
Ivo
Os Borda d'Água futebolísticos eram pródigos nessa duplicação de seres. Talvez tenham sido eles a dar o nome ao Missé-Missé.
Esse João Miguel - Miguel faz lembrar um Adriano (o macaco) com gastroentrite.
@Ivo: Pedro Estrela e Moncarapachapachapirapanense parece-me um casamento perfeito. Pela cromicidade intemporal de um, e pelo nome quase impronunciável do outro. Saúda-se esse regresso do grande SENHOR.
(já que o Vinha vinha, mas não veio - vidalpinheiro, estou desiludido com o teu poder de persuasão)
É fantástico aquilo que um nome faz a uma pessoa...
O Carlos Miguel parece um menino de coro (daqueles ainda puerperis borbulhentos, com uma voz fininha e esganiçada...). Mas quando se transforma em NENAD, assume um olhar maquiavélico, como o do Jorge Costa ao avistar o pescoço do JVP, ou o do Carlos Costa quando o Paco Fortes lhe dizia que não podia jogar a GR porque o Hajry tinha pedido primeiro...
NENAD não é um homem comum, é NENAD!!
(Pedro "A" Estrela é o Homem certo para o clube certo. As distritais algarvias vão ficar mais ricas em futebol, massa adiposa e, sobretudo, de luz!!)
Vinha não veio. A reposição de produtos nas prateleiras e o amor pelo cheiro a mofo falaram mais alto...
Ivo
É uma problemática muito interessante, esta dos cromitos duplicados. Eu não sou de intrigas, mas Carlos Miguel claramente foge aos impostos! Acrescento que outro fenómeno interessante e ainda sem nome é aquele em que a cara não corresponde ao nome, mas sem duplicação. Exemplo: PANINI, época 1989/90, Sporting Clube de Portugal; na cara de MIGUEL surge o nome CADETE. Em cinco palavras: IM PRES SIO NAN TE!
Esse erro é histórico, Sub-Lodo. Também fiz essa colecção e lembrei-me dessa fase pouco loura e encaracolada do Cadete. Um dia talvez a vejamos por aqui. Correcção: a colecção era da época 1990/91 - quando Careca chegou por entre esse nevoeiro de neo-eusebismo a Alvalade.
Andam distraídos...essa já cá mora :)
http://cromos_da_bola.blogspot.com/2006/02/theres-only-one-jorge-cadete.html
Ups... é verdade, mea culpa.
Pele e Careca
Vinha mas nao veio.
Para acabar eu sei que no verdadeiro sentido da palavra nao podem ser considerados Homems Duplicados.
Mas sem Lula nao ha Tanta e sem Tanta nao ha Lula, sempre me pareceu que quando jogavam so havia 1 naquela dupla de centrais e algumas vezes ate parecia nao existir nenhum especialmente quando jogavam ao Domingo.
Seriam tambem eles Homens Duplicados ???? Mas uma especie de Homens Duplicados "a la" Beverly Hills 90235156 seriam talvez o Brandon e a Brenda do Baixo Minho?????? E a ser verdade quem seria a Brenda? Tanta ???? Porque o Lula era loiro. Ja agora nao seria o Jaime Cerquelha o que fazia de James Dean? e o Eskilsson nao seria a loira feia?
Bem um Bem Hajry para todos se bem que estou um pouco cansado ja que o Abdel nao me deixou dormi toda a noite a Ghany.
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